segunda-feira, 9 de maio de 2011

Horas Vaga(i)s



horas agora vagais
rio do tempo...aonde vamos?
2011 é mofo
um colar que se rompe no tempo circular
tomado de lama, rompido por um cutelo silencioso.
que faremos após ler estes livros?
e o quando após nossas brigas?

o que é esta tarde não está coerente;
importa onde aparece
não o que é

uma pintura não é um ventinho gozado
não é um orgasmo dentro de uma sala verde
vida é trabalho

nossas unhas crescentes no céu
estão rangendo no entre-dedos
usemo-las a cavar nosso chão
e achar nossa glória feita de mofo

um fio que é um pio
uma coruja macabra canta a existência
de uma sala negra

tudo é tudo
o belo e o bizarro
o moral e o mortal
a morte e o teatro
a morte se conforma
no canto de uma coruja

vamos dar um beliscão na bunda dos cérebros.

(imagem ao topo: pintura de Luise Weiss, retirada do seu blog Relatos Poéticos)

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