terça-feira, 11 de maio de 2010

Nada dirá

Sofre o demônio do segredo
o homem que tem aversão
a postar seu corpo do avesso.

O homem que me refiro é um, e não outro
só existe um deste no mundo.
Tem uma combinação de nomes única
nunca se viu e nunca se virá.

Por isso mesmo esconde algo.
Testa algumas vezes quem está à sua volta,
dá pistas, como esta.
Dá pistas de seu inocente segredo,
desculpe; ele o julga importantíssimo,
mas eu o digo menos,
é como destes segredos que não fazem diferença a ninguém.
Claro que não conto a exceção, seu alvo.

Este homem, veja, me contou seu segredo.
O que me disse o homem antes de contá-lo
direi também ao leitor pelo mesmo motivo:

Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá
Nada dirá

Onze vezes é o suficiente.
Segredou-me após isto.
Ou durante, talvez.
Não decifrei ainda este enigma
por mais óbvio que me pareça ser.

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