terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sinaleiras



Recordo pouco da vida marinha

que tive há bons anos...

Mesclava o mar ao choro

a solidão e grandeza vertiginosa do mar.

O mar foi sempre o canal para o mundo

mas eu vivia numa ilha

numa prisão de areia,

que eu insistia em amar.


Pois tudo era úmido

as cores me vinham através de um filtro verde

e os barcos se anunciavam como baleias;

Os sinos balançavam entre as águas

e o farol vigiava ao invés de localizar.


Minhas galochas nunca rasgaram

tal foi que o tempo parava

e recordar era literalmente

dar novamente a corda ao mar.



{Imagem ao topo: "O Lago" de Juan Jose Balzi}

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