sábado, 26 de fevereiro de 2011
Luta de Farpas
uma luta de farpas
um desenho de riscos pretos
sangue e dor são imagens
momento em que tudo interessa
tudo é quente
tudo é bonito e faz sentido
a dor é terna e a dor é linda
e é uma luta
uma luta de farpas
de goivas a gaivotas sobre a mesa
e sujeiras no entre-unhas
fazem as mãos
fazendas e cruzes no canteiro
cantinho da morte, pequeno cemitério
...consentem gritos como pequenos ritos
e curas como caminhos certos
...tudo interessa tanto!
quando some isto?
uma luta de farpas
faz sentido gaivotas voarem;
asas de madeira gravada por metais
certos afiados que cortam farpas
gaivotas concretas cheias de espinhos de madeira
árvores e tropas, crises
ocultada, calada, a dor, regada
álcool
uma luta de farpas
presas na minha garganta
encantamentos seus não movem montanhas
movem ondas e movem poeira.
luta de farpas e
quebra de estrutura
encaixe da matéria
corte no infinito de seu corpo macio
marcas de sangue sem ódio
gotas entre trilhos de cortes
aceitação à arte
luta ...de farpas...da pele
{imagem: consentimento da dor, de Pim Lopes}
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duca...!
ResponderExcluir...ralho!
ResponderExcluirquerido deni,
ResponderExcluirque lindo, vc e esse poema...
é muito bom saber que existe uma troca.
grande abraço, terno, sem farpas.
pim
33. TUN - A RETIRADA
ResponderExcluirAcima, Ch'ien, o Criativo, Céu
Abaixo, Kên, a Quietude, Montanha
O poder obscuro ascende. O luminoso se retira a uma posição segura, de modo a que a escuridão não possa alcançá-lo. Esse recuo é resultante não do arbítrio humano, mas das leis que governam a natureza. É por isso que a RETIRADA, nesse caso, é o caminho certo de ação, evitando um esgotamento.
A RETIRADA. Sucesso.
Em pequenas coisas, a perseverança é favorável.