rio
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
arrumava a casa
como quem organiza, lubrifica e aquece
seus espaços interiores;
pensava; sentia; agia;
saboreava o movimento explosivo e lento da limpeza,
e chegava a pontos cardeais da sua imagem-estrutura atual.
alimentando-se desse movimento, via fluir um liquido
de de brilho prateado
correndo no seus corpos.
via que era precisamente
a arrumação,
a manutenção,
a atenção, o cuidado e a criatividade,
que equilibravam a balança
entre a
entropia e a sintropia;
via que sua casa era uma floresta,
e as dinamicas desse espaço,
do qual ela é guardiã,
eram uma linda e assustadora interação
entre os seres, o tempo, o espaço...
e via que a floresta estava espelhada e arquitetada
dentro dela.
como um mapa dimensional interno,
que a fazia entender ou ao menos intuir os caminhos da mata;
arrumava a casa
como quem observa e age,
olha, planta e colhe,
poda, arruma, refaz,
compõe, destrói, aninha,
nina, canta, trança e despedaça,
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
fogo de oriná
intro afoxé 6/8 - C7M / G
(samba)C7M/G B7(11) C7M / G
deixa a dor pra trá--------------s,
D/C C7M / G
eu não quero mais, chorar
Gm5
só quero me banhar
Am7
no rio
Gm5 C#m7(5emeio)
dourar a pele da dor
Gm5 Am7(5)
no sol de fogo bravio
Gm5 G7 CM7
no sol de luz e cor
afoxé 6 / 8
flor do candombá
fogo de oroiná
incendeia o desatino
faz a lava lhe queimar
sol da roxa flor, destino
brasa/fogo de egunitá
laroye, exu
oke, ago
cabecile, xango
eparrei, iansa
ai ieie, oxum
(samba)C7M/G B7(11) C7M / G
deixa a dor pra trá--------------s,
D/C C7M / G
eu não quero mais, chorar
Gm5
só quero me banhar
Am7
no rio
Gm5 C#m7(5emeio)
dourar a pele da dor
Gm5 Am7(5)
no sol de fogo bravio
Gm5 G7 CM7
no sol de luz e cor
afoxé 6 / 8
flor do candombá
fogo de oroiná
incendeia o desatino
faz a lava lhe queimar
sol da roxa flor, destino
brasa/fogo de egunitá
laroye, exu
oke, ago
cabecile, xango
eparrei, iansa
ai ieie, oxum
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
quem é essa dor que vai me-engolir
será uma dor que vai transmutar
lingua de maré de amor, possuir
veneno, flecha e ardor, pra matar
veneno, terra pra quem quer enterrar
veneno, engarrafado veneno de paz
serena, morte suave no vento que vái
serena, forte essa ave que vento levou
e vai encontra a dor, num sinal
da sombra que se apresentou, afinal
e vai se entregar ao sol da manhã
afã de veneno que lhe curou
sereno, entre canteiros sereno pingou
pequeno, forte pra dar ao mar seu amor
forte meu peito que dói, fumaça no tempo paixão
corte e talho metal, água forte no cobre , ilusão
será uma dor que vai transmutar
lingua de maré de amor, possuir
veneno, flecha e ardor, pra matar
veneno, terra pra quem quer enterrar
veneno, engarrafado veneno de paz
serena, morte suave no vento que vái
serena, forte essa ave que vento levou
e vai encontra a dor, num sinal
da sombra que se apresentou, afinal
e vai se entregar ao sol da manhã
afã de veneno que lhe curou
sereno, entre canteiros sereno pingou
pequeno, forte pra dar ao mar seu amor
forte meu peito que dói, fumaça no tempo paixão
corte e talho metal, água forte no cobre , ilusão
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
um atelier.
um lugar para trabalhar.
cheio de tinta e manutenção, e sobra...como uma paleta.
um lugar organizado, porém, cheio de dinâmica e uso, justamente.
um lugar organização venha da palavra organismo.
organismos se formando.
pinturas, esculturas, café, tinta, panos, água quente, meia-luz.
chá fumegante, cheiro de tinta, paleta, uma mesa, panos pendurados.
plantas, frescor, do lado de fora; verde e verde e verde;
as paredes coloridas, pintadas com cal, de cores vivas, mas esbranquiçadas de cal,
e as plantas crescendo e morrendo por toda parte.
prateleiras, vivas, sendo usadas....
madeiras cortadas, facões, serras, intrumentos feitos,
samba e madeira, como paulinoh da viola bem sabia.
um lugar para trabalhar.
cheio de tinta e manutenção, e sobra...como uma paleta.
um lugar organizado, porém, cheio de dinâmica e uso, justamente.
um lugar organização venha da palavra organismo.
organismos se formando.
pinturas, esculturas, café, tinta, panos, água quente, meia-luz.
chá fumegante, cheiro de tinta, paleta, uma mesa, panos pendurados.
plantas, frescor, do lado de fora; verde e verde e verde;
as paredes coloridas, pintadas com cal, de cores vivas, mas esbranquiçadas de cal,
e as plantas crescendo e morrendo por toda parte.
prateleiras, vivas, sendo usadas....
madeiras cortadas, facões, serras, intrumentos feitos,
samba e madeira, como paulinoh da viola bem sabia.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
mudra.pólen
abro os olhos e vejo que ainda sonho.
mil pontos de mil cores
e os cobertores e lençóis diminutos das flores,
onde pousam os sereszinhos voadores que cortam o espaço
e deslizam encantados como que num feitiço de morte luminosa
pelas sombras;
as sombras são flores,
pequenos nectários frescos onde brota águamel.
e aqueles pequenos seres com suas cabeças e dorsos ásperos, cheias de pequenos anteparos
eles se esfregam quase num acidente, no pó de ouro
(.pequenos planetas que arrastam estrelas)
e depois de alimentados levam o pó,
(informação pura
conhecimento in natura,
poesia sem nome)
e eles se encantam por mil outras flores e entregam de boa vontade o pó de uma
à outra,
(de uma àoutra, de umàoutra,
de umoutra, dumòutra,
dumutra, mutra,
mudra)
o peregrino luminoso encantado que corta o espaço
afagua e é afagado
pelas mãos abertas das flores,
e da peregrinação amorosa, ele ligas estas flores,
e faz com que brotem sementes dos caules, das anteras, das folhas, dos frutos,
e recomeça a gênese.
mil pontos de mil cores
e os cobertores e lençóis diminutos das flores,
onde pousam os sereszinhos voadores que cortam o espaço
e deslizam encantados como que num feitiço de morte luminosa
pelas sombras;
as sombras são flores,
pequenos nectários frescos onde brota águamel.
e aqueles pequenos seres com suas cabeças e dorsos ásperos, cheias de pequenos anteparos
eles se esfregam quase num acidente, no pó de ouro
(.pequenos planetas que arrastam estrelas)
e depois de alimentados levam o pó,
(informação pura
conhecimento in natura,
poesia sem nome)
e eles se encantam por mil outras flores e entregam de boa vontade o pó de uma
à outra,
(de uma àoutra, de umàoutra,
de umoutra, dumòutra,
dumutra, mutra,
mudra)
o peregrino luminoso encantado que corta o espaço
afagua e é afagado
pelas mãos abertas das flores,
e da peregrinação amorosa, ele ligas estas flores,
e faz com que brotem sementes dos caules, das anteras, das folhas, dos frutos,
e recomeça a gênese.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
nota t.n. 1
w. steenbock:
"
1
o equilíbrio nos sistemas vivos nunca é atingido.
2
(...) a mesma energia que dissipa o sistema
(aquela que passa pela rede de relações não lineares
através do fluxo) é a energia que gera ordem.
...
"
"
1
o equilíbrio nos sistemas vivos nunca é atingido.
2
(...) a mesma energia que dissipa o sistema
(aquela que passa pela rede de relações não lineares
através do fluxo) é a energia que gera ordem.
...
"
t. 3
/gosto de um lápis bem afiado
ponta.......língua......cúme....
a folha cortante
abraçada nascida deum galho
dançando um desenho
/gosto de um lápis bem apontado
ferramenta.....preciso....incerto....
todo meu gesto
e todos os fluxos , corpos
estão nus na ponta de um lápis
/gosto de um lápis bem preparado
ele já é e sempre foi
a história dos seres
posta em evidância
linguagem........simplicidade
ternura.............elegância
liberdade..........sinceridade
ponta.......língua......cúme....
a folha cortante
abraçada nascida deum galho
dançando um desenho
/gosto de um lápis bem apontado
ferramenta.....preciso....incerto....
todo meu gesto
e todos os fluxos , corpos
estão nus na ponta de um lápis
/gosto de um lápis bem preparado
ele já é e sempre foi
a história dos seres
posta em evidância
linguagem........simplicidade
ternura.............elegância
liberdade..........sinceridade
Assinar:
Postagens (Atom)